Quem é você na fila do self-service? #CC80
Olá, como você está?
Espero que bem!
Esses dias eu viajei com meus pais e paramos em um restaurante self-service na estrada para almoçar.
Meu pai foi o primeiro a pegar o prato e começar a se servir, depois foi a minha mãe e eu fiquei por último.
Mas, antes de colocar qualquer comida no prato, dei uma volta no buffet para analisar as opções disponíveis e escolher minhas preferidas, tentando manter um mínimo de critério também para quem combinassem entre si.
Era um buffet bem variado e a aparência estava ótima. Tinha desde saladas, churrasco, japonês, até massas, peixes e carnes diferentes.
Eu acabei montando um prato meio básico, mas com coisas que gosto ou que estou precisando comer mais por conta da gestação. Ficou algo mais ou menos assim: arroz, feijão, escalopinho de mignon ao molho madeira, batata frita, purê de abóbora e berinjela à milanesa (salada eu amo, mas não estou comendo fora de casa).
Quando sentei à mesa, achei muito curioso ver as escolhas dos meus pais. O meu pai foi montando um prato aleatório com TUDO que ele simplesmente achava gostoso e não investiu em nenhum tipo de “base", como arroz com feijão, porque, segundo ele, “isso é coisa que eu como em casa” kkk.
Então no prato dele tinha desde carne bovina ao queijo até peixe. Era realmente uma mistura danada e o prato ficou em umas 600gr.
Já minha mãe começou a ver as nossas escolhas e a comentar que ela “não viu” várias opções que gostava, inclusive o escalopinho que estava ao lado de um arroz à piamontese, que também ela ama e não pegou.
Essa experiência me fez pensar como nossos comportamentos em um simples restaurante self-service podem revelar como também nos comportamos em outras questões da vida.
Na analogia ao que relatei com você, meu pai foi aquele que sai dizendo sim para as vontades, sem pensar muito sobre elas. No final acaba com uma mistureba danada, mas satisfeito em termos de prazer momentâneo, por mais que não possa ser muito “nutritivo” ou adequado para a vida.
Já minha mãe foi aquela pessoa que se sentiu meio insegura diante de tantas opções e seguiu um critério mais aleatório, com o que chamou a atenção dela primeiro, deixando passar a oportunidade de “saborear” coisas que ela realmente gosta e a deixariam mais feliz.
Eu fui mais estratégica (sim, até nisso, mas bem que dizem que como a gente faz uma coisa, faz todas as outras). Parei pra primeiro analisar minhas opções, pensei nos meus desejos e objetivos e fiz escolhas com base nisso. No final, fiquei satisfeita com o que escolhi.
Não estou dizendo aqui que algum desses comportamentos é melhor ou pior do que o outro, mas sim abrindo seus olhos para ver como o nosso automático dita nossos resultados. Hoje, ser estratégica já é automático para mim, então, eu ajo “naturalmente” assim.
Por outro lado, muita gente tem atitudes parecidas com meus pais com tudo, desde montar o prato no restaurante até a hora de cuidar da sua imagem ou de fazer a gestão da sua carreira, negócio ou posicionamento, seja indo pelo “que dá vontade” ou “se sentindo insegura diante de tantas opções".
Para mim, o problema desses comportamentos é que eles geram alguns tipos de questões prejudiciais ao nosso dia a dia e alcance de objetivos, como desperdício ou falta de recursos, insatisfação e até impacto na autoestima.
Fazendo um paralelo, poderíamos trocar o buffet por uma loja de roupa e meu pai foi aquele que comprou tudo que achou bonito, mesmo que depois nem precise ou vá usar; enquanto minha mãe ficou em dúvida do que levar e acabou seguindo recomendações aleatórias da vendedora, mas depois descobriu que poderia ter feito escolhas melhores.
Essa analogia também serve muito pra gente analisar e balancear se não está pegando muito pesado com um lado ou com o outro, identificando, inclusive, o que é necessário ajustar para escolhas mais saudáveis.
Por exemplo: uma pessoa que é muito rígida nas decisões pode precisar aprender a decidir priorizando também um pouco mais do seu prazer e satisfação. Afinal, a vida é sobre equilíbrio.
E você na fila do self-service, quem é?
Como é o seu comportamento automático no seu dia a dia?
O quanto ele vem impactando nos resultados, satisfação pessoal e autoestima da sua vida, carreira e negócios?
Essas são minhas reflexões de hoje para você.
Espero que, além da vida, te ajudem a escolher melhor o que vai no seu prato também!
Nos vemos na semana que vem.
Um beijo e até mais
Priscila Hovernek
Sua Estrategista de Identidade Única